Literatura escrita por mulheres: criação de novos mundos

A prof. me. Viviana Ribeiro abriu um curso interessantíssimo, sobre literatura escrita por mulheres.

Você pode, se desejar, fazer aulas individuais. A ementa da aula sobre Elvira é:

Quinto encontro – A literatura para ofender a tolice de Elvira Vigna

Aquele que escreve literatura cumpre uma função pública. Ao criar modos de viver, sentir e escrever, o escritor atua e intervém publicamente definindo esses padrões. Considerando que as mulheres foram historicamente impedidas de atuar em tal função, impedidas do acesso à educação, à circulação e às demais condições necessárias para escrita, toda mulher que escreve depara-se com essa história e, cada uma, a seu modo, intervém nas convenções estabelecidas sem a sua participação. É nesse sentido que convém dizer: a história da literatura escrita por mulheres é sempre uma história social e política.

A literatura de Elvira Vigna rompe com os padrões. Seus romances falsamente policiais não resolvem enigmas. Suas histórias falsamente de amor, não tratam de amor, tão pouco de não amor. Não temos acesso ao que se passou. A única coisa que suas personagens nos dão é o que querem esconder e contar e assim nos mostram que há muitas maneiras de dizer uma história. O que importa não é a verdade, mas é exatamente o como se conta. Suas personagens não fixam virtudes nem vícios, são personagens inusitadas de modo sustentar constantemente a subversão do que se espera delas, porque, afinal, ninguém é e todos cambaleiam nas vias sem balizas que é o tornar-se.

Debates sobre as obras Deixei ele lá e vim, O que deu pra fazer em matéria de amor, Como se estivéssemos em um palimpsesto de putas.