Trecho:
A construção não se vale tanto de técnicas, acredito eu, mas do olhar, o modo de ver o mundo, a partir de um repertório rico de leituras e de vida. Independente do livro, que pode apresentar personagens bastante diferentes do anterior, como uma menina de 12 anos em contraposição a um japonês do livro anterior, logo na primeira página já sou transportada ao universo daquele autor, universo esse que me faz falta. Isso ocorre certamente com as três escritoras mencionadas: Elvira Vigna, Adriana Lisboa e Márcia Denser. O que me faz pensar que minha formação como leitora é falha e que, por muito tempo, li escritores por não ter tido tanto acesso às escritoras, em uma época em que se premiavam majoritariamente homens e em que não havia internet. O que me faz pensar também no tanto de universos a serem desbravados, grande consolo a esta leitora que vos escreve.
Leia a íntegra no site da Revista Vício Velho, edição 17, novembro de 2020. Artigo “Das escritoras e leituras“, de Vera Saad publicado em 25/10/2020